Populações poderão tratar gratuitamente de assuntos relacionados com segurança social, agricultura e registos e notariado
Desde segunda-feira passada, duas unidades móveis estão a auscultar, porta a porta, a população das 213 localidades afetadas pelo incêndio de Pedrógão Grande, que atingiu também Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, e que provocou 64 mortos e mais de 200 feridos.
As equipas com técnicos da segurança social, justiça e agricultura vão estar devidamente identificadas e que todos os serviços prestados são gratuitos.
De acordo com a secretária de Estado, em cada carrinha vão estar, pelo menos, um técnico do Instituto da Segurança Social, do Instituto de Registos e Notariado e da direção-regional de Agricultura e Pescas do Centro, já que, ao longo do processo, será feita monitorização para perceber se são precisas mais pessoas.
Se a matéria tiver a ver com Segurança Social, as populações poderão tratar de assuntos como apoios e prestações sociais, por exemplo, mas os técnicos vão estar também sensibilizados para sinalizar situações que requeiram um acompanhamento social mais frequente ou até apoio médico ou psicológico e encaminhar essas pessoas para os respetivos serviços de saúde.
A secretária de Estado adiantou que os empresários locais também poderão deslocar-se às carrinhas para tratar de assuntos relativos aos apoios da segurança social para empresas que foram afetadas pelos incêndios.
Especificamente em relação à agricultura, a governante adiantou que nestas carrinhas também poderão ser tratadas as indemnizações para os agricultores que tiveram uma perda entre 1000 e 5000 euros, preenchendo a respetiva declaração.
Nas próximas semanas serão visitadas cerca de 213 aldeias nos três concelhos, durante dois meses. Também está previsto que a unidade móvel regresse a uma localidade por onde já passou, se houver necessidade, já que os próprios percursos também serão ajustados à medida das necessidades.
Diariamente será feita uma monitorização e avaliação para perceber se o número de semanas que as unidades vão ficar no terreno ou mesmo o número de técnicos que as compõem precisa ser reforçado.