A Unicef anunciou que vai aplicar cerca de 2 milhões de euros no apoio ao programa de controlo da malária do Governo angolano, com vista à redução da mortalidade infantil no país
O montante, anunciado na última quinta-feira, foi concedido pelo governo japonês. Em Angola, a doença é a principal causa de morbidade e mortalidade infantil e responsável por um quarto das mortes de crianças com menos de cinco anos.
Em declarações à Rádio ONU, de Luanda, Koen Vanormelingen, representante da agência das Nações Unidas, reafirmou as ações que serão tomadas contra a malária.
“Primeiro, dormir debaixo de um mosquiteiro tratado com inseticida. Segundo, assegurar o acesso da mulher grávida a dois tratamentos preventivos para a malária durante a gravidez. Em terceiro lugar, a pulverização intra-domiciliar, com inseticida, para evitar a multiplicação dos mosquitos e a limpeza do ambiente. Finalmente, o tratamento precoce adequado com medicamentos eficazes contra a doença. Estas quatro medidas, em conjunto, constituem a base da estratégia nacional luta contra a doença”, disse.
No total, estima-se a aquisição de 455 mil redes tratadas e distribuidas por um projeto-piloto para o tratamento da doença, que inclui também tratamento domiciliário e campanhas de prevenção e tratamento.
Recorde-se que vários estudos têm demonstrado que a baixa competitividade, aliada aos custos relacionados com a saúde fazem da malária um factor impulsionador do ciclo da pobreza.