Um terço dos portugueses contribui de forma regular para ações solidárias. De acordo com um inquérito da Associação Link, este número aumentou 20%, relativamente a 2010.
São 30% as pessoas que dizem contribuir frequentemente com donativos e o Banco Alimentar, e a campanha “Arredonda” são as iniciativas mais referidas.
O inquérito – cuja iniciativa foi da Associação Link, apoiado pela Fundação Montepio e realizado pela empresa especializada GfK Metrix
O documento revela, porém, que diminuiu o apoio dado a instituições de solidariedade e/ ou Organizações Não Governamentais (ONG).
Se em 2010 eram 46% os inquiridos que revelaram não ajudar qualquer IPSS ou ONG, neste momento são já 54%. Nas conclusões do estudo admite-se que a crise que assola o país seja uma das causas.
O documento frisa, no entanto, que, independentemente da crise, a forma preferida de contribuir dos portugueses é através da doação de alimentos (74%). Só depois surge então o voluntariado e o peditório de rua.
Luísa Villar, presidente da Link, adiantou que “se por um lado, as pessoas cada vez mais sentem na pele o que é ter dificuldades, e por isso são mais as que fazem donativos ao Banco Alimentar ou aderem ao Arredonda; por outro lado, ainda não têm sedimentada uma verdadeira cultura de solidariedade”. “Podíamos, por exemplo, fazer mais voluntariado, podíamos ensinar mais às nossas crianças que há pessoas que precisam e que um dia também podem vir a estar nessa posição”, defende.