«A ideia é aproximar a população de um dos maiores desafios do mundo e despertar a atenção de muitas pessoas através dos pés descalços. Queremos transmitir esta assimetria que muitas vezes cai no esquecimento: estima-se que, se o mundo fosse uma aldeia de 100 pessoas, 40 não teriam sapatos», explica Pedro Afonso, presidente da GASNova, ao jornal Público.

A GASNova vai estar entre as 11h e as 18h na Praça do Comércio, onde será colocada uma passadeira com diferentes tipos de solo, para que seja possível, a quem se descalce, experimentar a sensação de caminhar sem sapatos em cada um deles.

No local vai haver também uma recolha de sapatos, que serão, posteriormente, enviados para Moçambique e Cabo Verde, países nos quais a GASNova também desenvolve diversos projectos relacionados com o voluntariado.

Pedro Afonso adianta ainda que será criada uma base de dados na Internet para que cada pessoa que faça uma doação de calçado possa saber qual foi o seu destino.

A primeira edição desta iniciativa no nosso país termina com uma marcha sem sapatos ao longo da Rua Augusta, às 18h. «Queremos alertar as pessoas para o problema dos pés descalços do mundo. A maior parte dos portugueses não faz ideia do quão problemática é esta questão», diz o presidente da GASNova, revelando acreditar que esta chamada de atenção poderá ser o primeiro passo para uma enorme e importante mudança.