Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Sicupira são alguns dos homens mais ricos do Brasil e ícones do capitalismo global. Em comum têm ainda o desejo de deixar a sua marca no mundo da filantropia
São sócios da empresa de investimentos 3G. Comandam a maior cervejaria do mundo, a Anheuser-Busch InBev, a cadeia de fastfood Burger King e a fabricante de alimentos Heinz.
São também, de acordo com a lista publicada pela revista Forbes, alguns dos homens mais ricos do Brasil. A sua face menos óbvia? A filantropia. Cada um dos investidores está ligado a uma fundação, que atua em áreas como educação e gestão pública.
A Fundação Lemann, por exemplo, atribui bolsas de estudo no estrangeiro a talentos brasileiros e a profissionais da educação. Marcel Telles seleciona alunos brilhantes de escolas públicas e dá-lhes a oportunidade de estudarem em colégios particulares, através da Ismart. Já a Brava, criada por Sicupira, apoia iniciativas de melhoria da gestão pública.
Em conjunto lideram ainda a Fundação Estudar, voltada ao desenvolvimento de lideranças. O ponto denominador comum destas instituições é o seu foco na meritocracia e na busca incansável por resultados.
A grande maioria dos recursos destas fundações são também de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Lemann é responsável por 90 por cento do orçamento de sua fundação e os 10 por cento restantes advém de empresas como Itaú BBA, Telefónica e famílias doadoras.
Telles contribui com 55% dos investimentos do Ismart, que conta com a outra de escolas particulares parceiras. Já 80 por cento do orçamento anual de 4 milhões da Fundação Estudar resulta da união com várias empresas, numa tentativa de transformar a instituição intemporal.