Miguel Sousa Tavares teceu duras críticas aos detentores de capital. Na opinião do escritor e comentador falta aos ricos nacionais mais ações que visem a melhoria de vida dos portugueses
No seu comentário habitual no Jornal da Noite na SIC Sousa Tavares disse ter apenas duas certezas: a primeira é que ?não têm quaisquer instintos de filantropia?. E a segunda de que ?não têm vergonha?, afirmou.
A filantropia portuguesa não é, no entanto, uma moda passageira. Os empresários Alexandre Soares dos Santos (Fundação Francisco Manuel dos Santos), António Mota (Fundação Manuel António da Mota), Ilídio Pinho (Fundação Ilídio Pinho) ou Luís Portela (Fundação Bial) são exemplos de filatropos portugueses.
As empresas portuguesas têm também vindo a promover cada vez mais eventos em estreita parceria com os seus Stakeholders, nomeadamente acionistas, clientes e colaboradores. EDP, Worten, Montepio, Bes são apenas alguns dos nomes de uma lista quase interminável.
Para Luís Capucha, doutorado em Sociologia e professor do ISCTE “a filantropia, nesta nova versão de responsabilidade social, não é uma moda passageira. É uma área de intervenção com relevo e consciência nacional, que faz parte do debate político e económico”, afirmou recentemente em declaração ao Diário Económico.
Recorde-se que, segundo a lista dos homens mais ricos do mundo, elaborada pela revista norte-americana Forbes, portugueses mais abastados são Américo Amorim (316º), Alexandre Soares dos Santos (458º) e Belmiro de Azevedo (1.024º).