Cerca de 857.000 pessoas precisam de «assistência urgente» e outros dois milhões de somalis estão em risco de não terem resposta para as suas necessidades alimentares até junho, disse o responsável da OCHA para a Somália, Philippe Lazzarini, numa conferência de imprensa em Nairobi.
Expressando a sua esperança de que não ocorra agora uma fome como a de 2011, Lazzarini recordou que nesse ano foram feitos «dezasseis alertas» antes da comunidade internacional decidir mobilizar-se para salvar vidas na Somália.Agora, sublinhou, «já foram feitos seis alertas. O primeiro foi em novembro de 2013».
«A situação é preocupantemente semelhante à que existia antes da fome de 2011», afirmou, adiantando que o OCHA precisa de «um mínimo de 60 milhões de dólares (43,7 milhões de euros) para evitar uma emergência nas próximas semanas» e ajudar perto de três milhões de pessoas na Somália.
«Até agora, em 2014, recebemos menos de 160 milhões de dólares (116,6 milhões de euros), o que representa 17 por cento dos 933 milhões de dólares (cerca de 680 milhões de euros) necessários para responder às necessidades até ao final do ano», disse ainda Lazzarini