Smartphone para cegos tem ADN português

Deficiência27 Junho, 2014

O HoliBraille é uma espécie de capa que se acopla à parte de trás de um smartphone e que vibra sempre que o utilizador escreve uma letra em Braille, facilitando o acesso dos invisuais às tecnologias de ecrã tátil.   O projeto reúne cientistas de várias instituições, como o Departamento de Informática da Faculdade de […]

Smartphone para cegos tem ADN português
O HoliBraille é uma espécie de capa que se acopla à parte de trás de um smartphone e que vibra sempre que o utilizador escreve uma letra em Braille, facilitando o acesso dos invisuais às tecnologias de ecrã tátil.

 

O projeto reúne cientistas de várias instituições, como o Departamento de Informática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Instituto Superior Técnico, o português Hugo Nicolau está envolvido no projeto enquanto pós-doutorado do Instituto de Tecnologia de Rochester (Nova Iorque).

 

A coordenação do projeto está a cargo de Vicki Hanson, da Universidade de Dundee (Escócia).
Esta mesma equipa está, também, a desenvolver um corretor ortográfico de Braille chamado B#, que consegue sugerir a palavra correta em 72% dos casos, uma percentagem bastante superior à dos corretores comuns.

 

Existem no mercado programas de voz que leem o que está no ecrã de um smartphone, mas esta tecnologia permite uma utilização mais discreta. A comunicação entre o telefone e o aparelho HoliBraille faz-se através de Bluetooth.

 

O programa deteta quais os dedos utilizados no processo de escrita (os dedos indicadores, médios e anelares de cada mão representam os pontos matriz do Braille) e dá essa informação ao utilizador através de vibração.

 

O protótipo está a ser testado na Fundação Raquel e Martin Sain, em Lisboa, que dá formação a invisuais.

 

O custo de produção do HoliBraille varia entre 80 e 100 euros.
A equipa não registou qualquer patente das duas invenções, a intenção é que as suas descobertas sejam a abertas a todos quantos queiram colaborar.