Cerca de dez toneladas de medicamentos vão ser doados por Portugal a São Tomé e Príncipe, com o objetivo de evitar uma rotura de `stock` nos hospitais do país
O Ministério da Saúde, através do INFARMED-Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, celebrou um protocolo com o governo de São Tomé e Príncipe para a doação de medicamentos com o objetivo de minimizar as graves carências que aquele país atravessa.
Este protocolo conta com o apoio da APIFARMA – Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica, da APOGEN – Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares e da distribuidora Rangel Pharma como dadores. «Os medicamentos foram oferecidos pela indústria farmacêutica nacional e existe um agradecimento muito especial para este espirito existente, respondendo a um apelo de um país irmão, que é São Tomé e Príncipe, para se evitar uma rutura de medicamentos no país», disse Manuel Teixeira, secretário de Estado da Saúde português, em declarações à agência Lusa.
O governante referiu que este será o primeiro de três carregamentos que vão ser efetuados ao longo do ano. «São essencialmente medicamentos hospitalares, como antibióticos, analgésicos ou soros, neste primeiro carregamento de dez toneladas. O governo de Santo Tomé e Príncipe garante depois a entrega aos hospitais, para uma melhor utilização», explicou.
Eurico Castro Alves, presidente do Infarmed, também esteve presente nas instalações da Rangel Pharma, no Montijo, local onde o carregamento está pronto a seguir viagem, referindo que a indústria farmacêutica foi célere na resposta, tal como já tinha acontecido com Moçambique e a Guiné-Bissau. «No protocolo os hospitais listaram os medicamentos que necessitavam. São medicamentos mais da área hospitalar e de utilização imediata. São largas dezenas de medicamentos diferentes em grandes quantidades”, explicou.
O embaixador de São Tomé e Príncipe, Luís Viegas, afirmou à Lusa que assegurar o `stock` de medicamentos é um dos desafios que o país se tem confrontado. «O governo, constatando a iminência de rotura de `stock` e não dispondo de meios financeiros, pois o governo foi agora eleito e não existe ainda orçamento de Estado, recorreu a um parceiro de excelência como Portugal, que conduziu ao protocolo assinado», disse.
Luís Viegas agradeceu a oferta das dez toneladas de medicamentos, explicando que são de «extrema importância» para a população de São Tomé e Príncipe.