O Rock in Rio é muito mais do que um festival de musica, desde a sua primeira edição que este evento tem uma forte componente social.
Dora Palma, coordenadora para a área da sustentabilidade do Rock in Rio, em entrevista ao Impulso Positivo, explicou que a questão do desperdício alimentar tem sido uma preocupação da organização devido à qualidade dos alimentos que sobravam em cada edição.
No ano passado o enquadramento legal que regula o setor da segurança alimentar passou a permitir a doação de alimentos, de acordo com exigentes regras de segurança alimentar, com esta esta possibilidade e com o envolvimento de alguns parceiros de restauração tornou-se realidade a doação de alimentos a famílias, e a associações que deles precisavam. A operação correu tão bem que vai ser repetida na edição deste ano do Rock in Rio Lisboa revelou Dora Palma.
No ano passado foi possível doar 570 refeições, 330 pães, 245 saladas, 430 sandes, 135 sopas e 270 sobremesas, 1.050 sandes variadas, 602 pães, 207 sandes de leitão, 97 pães com chouriço, 53 pizzas, 40 refeições de frango, 25 hambúrgueres, mais de 3 kg de farturas e 9 bolos, 1.419 kg de sandes variadas, 95 kg de pratos pré cozinhados, 36 kg de fruta e 379 litros de água.
10 ANOS DE PROJETO SOCIAL DO ROCK IN RIO-LISBOA
Na edição em que o projeto social do Rock in Rio — Lisboa assinala 10 anos, o evento foi distinguido como o único evento em Portugal, e um dos primeiros na Europa, a receber o certificado de conformidade com a norma internacional ISO 20121 — Sistemas de Gestão para a Sustentabilidade de Eventos.
Sendo uma norma que tem por objetivo a melhoria contínua, e que exige uma manutenção da certificação a cada nova edição do Rock in Rio, independentemente da cidade onde se realiza, o Rock in Rio-Lisboa vai agora implementar, pela primeira vez em Portugal, a norma ISO 20121, pondo em prática as melhorias identificadas na edição anterior, e assim sucessivamente a cada nova edição.
De acordo com a organizaçãoo do evento «esta certificação é um reconhecimento do poder realizador da marca Rock in Rio, que desenvolve diversas ações com vista à construção de um mundo melhor, como a criação de 139.500 mil empregos diretos e indiretos no total das 13 edições, os mais de 17,6 milhões de euros investidos em causas socioambientais e a construção de um legado positivo para as cidades onde se realiza — Rio de Janeiro, Lisboa e Madrid».
Em dez anos de evento, o Rock in Rio-Lisboa já investiu, em conjunto com os seus parceiros, mais de 2,8 milhões de euros em causas sociais, tendo instalado 760 painéis fotovoltaicos em escolas, que geram rendimento permanente para a SIC Esperança apoiar projetos sociais e ambientais, e tendo desenvolvido um projeto de reflorestação de área ardida em Portugal que inclui a plantação, até 2016, de cerca de 118 mil árvores, entre outros projetos.
O conceito «Rock in Rio Por Um Mundo Melhor» foi criado em 2001, na terceira edição do evento, no Rio de Janeiro. Roberto Medina, apoiado nos resultados das duas primeiras edições e consciente do potencial de comunicação do evento, viu nele uma grande oportunidade de mobilizar pessoas e ajudar a construir UM MUNDO MELHOR. Em 2004, quando o Rock in Rio aterrou em Lisboa para a sua primeira edição em solo europeu, o conceito «Por Um Mundo Melhor», criado em 2001 na terceira edição brasileira, manteve-se como um princípio-base do evento.
No ano 2012 a organização assumiu uma vez mais a sua responsabilidade social e ambiental através da doação de sobras alimentares ao Banco Alimentar, à ReFood e Dariacordar. Estas sobras foram, posteriormente, distribuídas por várias instituições.
A Dariacordar recolheu, nos dias do evento, 570 refeições, 330 pães, 245 saladas, 430 sandes, 135 sopas e 270 sobremesas do catering Casa do Marquês e entregou-as à Obra Nazareno que as distribuiu por famílias carenciadas na freguesia de Marvila. A Re-food conseguiu recolher junto dos stands alimentares presentes na Cidade do Rock 1.050 sandes variadas, 602 pães, 207 sandes de leitão, 97 pães com chouriço, 53 pizzas, 40 refeições de frango, 25 hambúrgueres, mais de 3 kg de farturas e 9 bolos do "Melhor Chocolate do Mundo», que foram entregues a instituições de solidariedade locais.
A organização entregou também 1.419 kg de sandes variadas, 95 kg de pratos pré cozinhados, 36 kg de fruta e 379 litros de água que a Re-food encaminhou para o Banco Alimentar.