O sociólogo, professor universitário e membro do Observatório da Cidadania em Moçambique considera que a filantropia chinesa no país é movida pelos interesses nos recursos naturais do país, avança a Radio France Internationale.

As declarações foram feitos no âmbito de uma entrevista que tinha por objetivo analisar o périplo de Xi Jinping, Presidente da China, em África, nomeadamente na África do sul, na Tanzânia e no Congo Brazaville.

?Sinto que a China se tem aproximado cada vez mais, procurando os espaços em África. E tem-se virado mais para o investimento e para os recursos naturais dos países com as quais têm relações privilegiadas?, afirmou.

O docente da Universidade Eduardo Mondlane considerou ainda que a presença chinesa está revestida de grande complexidade. ?É aparentemente filantrópico, mas nós sabemos que muitos vezes os países, de acordo com as relações internacionais, praticam estas ações não pela amizade mas por interesses. De alguma forma, os moçambicanos terão de pagar ou têm pago?.

Acrescentou ainda que a China ?tem sido um país aparentemente filantrópico nos grandes projetos, sobretudo nas infraestruturas, e alguns edifícios públicos, em que o governo moçambicano manifesta incapacidade de financiamento?.