O projeto Re-Food conta hoje com mais de 300 voluntários, ajuda mais de quatro centenas de pessoas e soma já mais de 100 parceiros entre restaurantes, pastelarias e padarias
A iniciativa de um norte-americano Hunter Halder, que consiste em distribuir a famílias carenciadas as sobras de alimentos recolhidas em restaurantes, arrancou há dois anos e, atualmente, ajuda mais pessoas, tem mais voluntários e parceiros. O sucesso tem sido tal que há até quem já sonhe em levar a iniciativa além-fronteiras.
O projeto Re-Food conta hoje com mais de 300 voluntários, ajuda mais de quatro centenas de pessoas e soma já mais de 100 parceiros, entre restaurantes, pastelarias e padarias que querem ajudar disponibilizando a quem precisa comida em bom estado que, de outra forma, acabaria no lixo.
Dois anos depois de ter arrancado, a iniciativa «continua a crescer em todas as frentes», pelo que o balanço feito é o melhor. «Estou muito infeliz com a situação que Portugal vive, com a crise, com a espiral recessiva da economia, e com o que isso implica em termos sociais», admite Hunter Halder.
«Mas, por outro lado, a avaliação que faço do projeto é muito positiva. As pessoas importam-se com os seus semelhantes, querem ajudar», sublinha o mentor do projeto, que destaca que, por esse motivo, o Re-Food atravessa uma fase de crescimento «pujante».
Para além dos centros em que o projeto funciona, na freguesia de Nossa Senhora de Fátima e em Telheiras, há cinco outros núcleos em desenvolvimento, nomeadamente na Alta de Lisboa, em Belém, em Benfica, nos Prazeres e em Marvila.
Há também outros núcleos em formação, embora ainda em estado menos avançado, na Ameixoeira e em Braga e, de acordo com Hunter Halder, há até várias pessoas que já manifestaram interesse em levar o projeto para Madrid, em Espanha.
O projeto Re-food, que em 2011 recebeu o Prémio de Voluntariado Jovem do Montepio, começou a desenvolver-se na capital portuguesa em 2010, com o objetivo de diminuir a fome no ambiente urbano dirigindo refeições (sobras de restaurantes e outros estabelecimentos), de forma direta, às pessoas próximas das fontes de doações que passam fome.