Praxes tradicionais trocadas por Ações Solidárias

Voluntariado2 Outubro, 2015

Várias instituições portuguesas de ensino superior têm apostado em ações que promovem a cidadania e o apoio a quem mais precisa

Praxes tradicionais trocadas por Ações Solidárias

Os caloiros portugueses estão, cada vez mais, a trocar as tradicionais praxes académicas por enxadas, tintas e pincéis, numa iniciativa das universidades para promover ações de voluntariado junto dos jovens estudantes.

Pintar paredes de escolas ou de instituições, distribuir alimentos e até apanhar batatas são alguns dos exemplos.

A desenvolver este tipo de ações há sete anos, a faculdade de Economia da Universidade Católica orgulha-se de ter sido pioneira nas praxes sociais. Este ano, os novos alunos foram apanhar batatas para a Golegã, no âmbito do projeto Restolho. Os alimentos foram, depois, entregues ao Banco Alimentar.

Este ano, os caloiros do ISTEC foram convidados a dar um passeio com utentes da Associação de Pais e Amigos de Cidadãos com Deficiência Mental, a recuperar mobiliário urbano no Centro de Interpretação de Monsanto e a remover acácias, também em Monsanto.

Também os caloiros do Instituto Superior de Agronomia, da Universidade de Lisboa, participaram numa praxe social, tendo pintado o muro exterior do Estádio da Tapadinha.

A prática espalhou-se pelo resto do país. Em Coimbra, a associação Cria’ctividade organiza feiras com música, bancas culturais e vendas de roupa em segunda mão.

Já o Instituto Superior Politécnico do Oeste, em Torres Vedras, decidiu acrescentar às pinturas típicas das praxes o arranjo de pátios com plantações de flores e vegetação.

Em Évora e pelo segundo ano consecutivo, a Associação Académica desenvolveu a iniciativa «Praxe Ativa», em que os novos alunos fazem companhia a idosos, dobram roupa em instituições sociais e ajudam a cuidar de crianças com necessidades educativas especiais.

A praxe solidária é também uma tradição na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Bragança, em que se juntam «doutores» e caloiros na recolha de donativos alimentares porta-a-porta para depois os distribuir por diferentes instituições de solidariedade do concelho.

Em Viana do Castelo, cerca de 50 alunos da Escola Superior de Educação, participaram na Operação Nariz Vermelho, tendo vendido mais de 200 narizes, a imagem de marca da campanha.

Em Vila Real, a praxe envolveu caloiros e «doutores» na recolha de verbas, bens alimentares e outros produtos para serem entregues a instituições de solidariedade do concelho.

São vários os exemplos, mas todos com o mesmo objetivo de integrar e formar cidadãos competentes, mas com consciência social e cultural.