De acordo com o Público, Isabel Fernandes, natural de Famalicão, esteve durante um ano naquele local a coordenar o projecto «Tutor à Distância», principal trabalho da organização não governamental portuguesa Ataca, que, segundo explicou ao jornal, tem como principal objectivo «combater a pobreza extrema de crianças entre os dois e os 18 anos».

A jovem, licenciada em psicologia e desempregada, vai ser galardoada esta noite no Palácio Medici, em Florença, Itália, depois de ter sido a escolhida por um painel de júris constituído por elementos da Comissão Europeia e Organizações da Sociedade Civil e por voluntários, que reconheceram a excelência do seu desempenho na promoção da
coesão, justiça e solidariedade.

Esta não foi a primeira vez que Isabel esteve em Moçambique: já lá fizera voluntariado em 2009 no âmbito de um programa da Associação e Integração para o Desenvolvimento Global (AID Global). A jovem pretende voltar para África, que já considera a sua «casa».

Para continuar o apoio, desta vez por mão própria, naquele continente, a portuguesa criou, entretanto, em colaboração com colegas, uma outra associação – a Kutsemba -, que conta com a preciosa colaboração de 25 voluntários, prestando apoio a várias comunidades moçambicanas com o envio, a partir do nosso país, de material escolar, jogos didácticos e roupa.

Em declarações ao Público, Isabel frisou que não precisa de prémios, porque esses existem sempre «no terreno, nos sorrisos e nos abraços» recebidos ao final do dia. No entanto, garantiu estar orgulhosa por ser «o rosto de todos os que trabalham para este e outros projectos de voluntariado».