«As pessoas, mesmo em situações difíceis, dão muito de si quando em causa está salvar vidas» Em dez anos Portugal saltou do último lugar do ranking para os lugares cimeiros
Entre os 320 mil potenciais dadores de medula óssea que constam no registo nacional, 119 deram células para transplante no ano passado. Estes dados, avançados por Helder Trindade, presidente do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST), revelaram ainda que a maioria das doações foram para doentes estrangeiros.
Segundo a Lusa, Helder Trindade referiu que o registo de potenciais dadores em Portugal, 320 mil, é «um dos maiores por milhão de habitante» e reconheceu que, graças à iniciativa para encontrar dadores de medula para o filho do futebolista Carlos Martins, mobilizaram-se milhares de potenciais dadores no país.
Das 119 doações de células para transplante realizadas no ano passado, 91 foram para doentes estrangeiros e 28 para doentes portugueses.
A leucemia é a doença que motiva mais transplantes, sendo a percentagem de sucesso entre os 60 e os 70 por cento.
Em dez anos, entre 2002 e 2011, Portugal saltou do último lugar do ranking para os lugares cimeiros de melhor dador de medula óssea em termos relativos (por milhão de habitantes).
«As pessoas, mesmo em situações difíceis, dão muito de si quando em causa está salvar vidas», afirma o médico Carlos Hora e Costa, que atribui ainda o 3º e 5º lugares absolutos de Portugal no ranking europeu e mundial «ao enorme esforço e empenho da APCL – Associação Portuguesa Contra a Leucemia – na divulgação de campanhas de sensibilização de novos dadores».
Mais do que uma simples notícia, isto é solidariedade humana.
Seja um herói na vida de alguém, doe médula Óssea.