Portugal com a maior redução na taxa de abandono escolar

Educação21 Abril, 2015

Os dados do Eurostat demonstram que além da queda na taxa de abandono escolar, Portugal registou a oitava maior subida do número de licenciados entre 2002 e 2014

Portugal com a maior redução na taxa de abandono escolar

Portugal registou a maior queda europeia na taxa de abandono precoce de educação e formação desde 2006. Nesse ano, Portugal registava uma taxa de abandono precoce de 38,5% e a taxa recuou para 17,4% até 2014. Foram 21,1 pontos percentuais no espaço de oito anos.

A taxa de abandono precoce de educação e formação é a percentagem de pessoas entre os 18 e os 24 anos que deixou de estudar sem ter completado o secundário e até 2020 esta taxa deverá recuar para um valor abaixo dos 10%.

Os dados sobre educação foram divulgados esta segunda-feira, 20 de abril, pelo Eurostat no âmbito da estratégia europeia para o crescimento e emprego Europa 2020. A meta para os próximos cinco anos é colocar abaixo de 10% as desistências na União Europeia.

Apesar da queda nacional, Portugal continua entre os países com percentagens mais elevadas (17,4%), a par de Espanha (21,9%), Malta (20,4%), Roménia (18,1%) e Itália (15%). Por outro lado, as percentagens mais baixas foram registadas na Croácia (2,7%), Eslovénia (4,4%), Polónia (5,4%), República Checa (5,5%), e Lituânia (5,9%).

Número de licenciados aumentou em Portugal desde 2002

O Eurostat também analisou o número de pessoas entre 30-34 anos que concluíram o ensino superior na União Europeia. Entre 2002 e 2014, esta percentagem aumentou 14,3 pontos percentuais para 37,9%.

Segundo a estratégia Europa 2020, a meta é que, pelo menos, 40% da população entre os 30-34 anos na União Europeia tenha completado o ensino superior até 2020.

Portugal registou 31,3% de pessoas entre os 30-34 anos que concluíram o ensino superior em 2014. Entre 2002 e 2014, Portugal registou um avanço significativo de pessoas que concluíram o ensino superior, com a percentagem a avançar 18,4 pontos para 31,3%.

Apesar do avanço ter sido relevante, Portugal ficou na oitava posição entre os países que registaram maiores aumentos de taxa entre 2002 e 2014. A Lituânia (30,1 pontos), a Polónia (27,7%), a Letónia (22,6%) e a Suécia (21,6 pontos) registaram as maiores subidas.