A Rio+20 vai marcar o encontro de líderes mundiais que avaliarão o progresso das ideias lançadas na Conferência das Nações Unidas em 1992, a Eco-92, sobre Ambiente e Desenvolvimento
De acordo com a versão do documento divulgada esta terça-feira pelo jornal britânico «The Guardian», propõe-se a adopção, até 2015, de metas a nível global para o desenvolvimento sustentável, objectivos a alcançar até 2030. Segundo o mesmo documento, cada país abordaria essas mesmas metas à sua maneira.
O jornal português «Público» refere que o texto não passa de um primeiro rascunho daquilo que poderá ser o resultado da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, de 20 a 22 de Junho, no Rio de Janeiro.Com 29 páginas e 128 parágrafos, é uma síntese de centenas de contribuições recebidas desde que começou a preparação da Rio+20. A ONU já reuniu, até agora, 677 propostas, das quais 100 vêm dos governos, 74 de organismos internacionais e a maior fatia, 493, provêm de diversas entidades (organizações governamentais e não-governamentais, empresas, fundações ou sindicatos.
O documento verifica ainda que, apesar de ter havido alguns progressos, o desenvolvimento sustentável continua a ser uma miragem distante. Por isso, o objectivo central da Rio+20 assenta na promoção de uma economia «mais verde» como forma de erradicar a pobreza.
É ainda sugerido o reforço do Programa das Nações Unidas para o Ambiente ou mesmo a sua transformação numa agência da ONU, com mais competências, poderes e dinheiro. No entanto, e apesar de esta ideia não ser nova, não reúne consenso entre os países representados na ONU.
Esta primeira versão do documento será, por isso mesmo, discutida de modo informal até à próxima sessão de negociações, em Junho, dias antes da Rio+20.