A jovem paquistanesa Malala Yousafzai sobreviveu a uma tentativa de assassinato dos talibãs, em outubro de 2012, quando se dirigia para escola, precisamente por defender o direito a estudar para todas as meninas do mundo.
A premiada com o Sakharov para os direitos humanos irá reunir-se hoje com o presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, precisamente três meses depois do sequestro das raparigas em Chibok, no nordeste do país, declarou um elemento da sua comitiva.
Ontem, a jovem, que em maio pediu à comunidade internacional e à Nigéria para agirem no sentido de as estudantes, suas “irmãs”, serem libertadas, encontrou-se separadamente com dirigentes do movimento “BringBackOurGirls” (Devolvam-nos as nossas raparigas) e com uma dezena e meia de pais de estudantes, assim como com cinco jovens nigerianas que conseguiram escapar aos seus raptores.
“A situação em Chibok é a mesma que em Swat (no Paquistão), onde extremistas impediram mais de 400 raparigas de irem à escola”, disse Malala ao escutar as sobreviventes a contarem a sua história.
Swat é a região do noroeste do Paquistão onde Malala foi atingida a tiro na cabeça pelos talibãs por se ter defendido a educação das raparigas. “Penso que as vossas vozes são mais poderosas que qualquer arma. Tenham confiança em vós e prossigam a vossa viagem. Continuem a estudar e terão sucesso, porque nós tivemos. Swat está em paz.
Todas as raparigas vão à escola. Do mesmo modo, um dia todas vocês irão à escola”, adiantou.
O Dia de Malala celebra-se hoje, 14 de julho, Malala completou 17 anos no dia 12, mas pediu para que o “seu” dia não coincidisse com a data de aniversário, já que esta é uma data “de todos quantos lutam pelo direito à educação”.