Nova lei do Mecenato agrada a artistas angolanos

Mecenato18 Outubro, 2013

A redução de impostos é a principal vantagem fiscal apontada à futura lei. Uma medida que poderá estimular as empresas, avança a versão online do jornal angolano O País.

Nova lei do Mecenato agrada a artistas angolanos

Os artistas angolanos consideram este um mecanismos que irá combater a pobreza na classe, devolvendo-lhe dignidade.

O Executivo angolano tem agendada para este ano a aprovação do regulamento da Lei do Mecenato, que já foi objecto de concertação com os diferentes departamentos ministeriais e submetido para aos beneficiários e mecenas, indicou o director do Gabinete Jurí­dico do Ministério da Cultura, Aguinaldo Cristóvão.

Uma notícia «muito bem-vinda» pelo secretário-geral da União Nacional dos Artistas Plásticos, António Ana Etona, que considera que a lei permitirá a normalização, valorização e apoio à classe artística, protegendo empresas e regulando o comércio com entidades estrangeiras.

«Devemos aproveitar o fluxo de empresas estrangeiras no país que poderá facilitar e propiciar maior abertura e troca de experiência em relação à lei», reforçou Etona.

Já Ana Clara Guerra Marques, professora e coreógrafa, realça que, ao permitir o financiamento de projetos culturais, «a lei será um excelente mecanismo para o suporte e desenvolvimento não apenas da actividade artística, mas também da literatura e do património».

A docente salienta ainda que a legislação permitirá aos artistas criadores, cuja actividade não é de carácter comercial, desenvolver a sua actividade, sem à humilhação permanente de pedir subsí­dios.

Da mesma opinião, o pintor Álvaro Macieira, acrescenta que o governo deverá também adotar polí­ticas protecionistas, colocando obras de artístas nacionais nos novos edifícios construídos no país, apontando a África do Sul e Namí­bia como um dos exemplos a seguir.