Misericórdias apoiam outras instituições

Pobreza e Exclusão Social15 Maio, 2014

A União das Misericórdias Portuguesas e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa assinaram um protocolo de cooperação que prevê um apoio suplementar a instituições em dificuldades.

Misericórdias apoiam outras instituições
A União das Misericórdias Portuguesas (UMP) e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) assinaram recentemente um protocolo de cooperação no âmbito do qual as duas entidades se juntam para ajudar as misericórdias endividadas por causa do desenvolvimento de novas respostas sociais.

 

Designado fundo «Rainha D.Leonor», este veículo irá dar «uma atenção particular à área dos cuidados continuados», avança a agência Ecclesia. Citado por aquela agência, o presidente da UMP, Manuel de Lemos explicou que este acordo «é inédito e histórico, porque significa um reencontro com a história já que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa foi a primeira a nascer, mas as outras que se criarem em todo o país cresceram tendo em conta o seu exemplo».

 

O fundo D.Leonor foi criado para «apoiar financeiramente as Misericórdias Portuguesas na finalização da construção e/ou adaptação de unidades de cuidados continuados e outros equipamentos sociais comprovadamente necessários para a cobertura da resposta aos cidadãos de todo o país», refere o documento do protocolo.
Na opinião de Manuel de Lemos, este acordo é «um exemplo de modernidade, de solidariedade e de coesão» na medida em que é uma solução «em que todos ganham». Ou seja, «ganham as instituições, porque o fundo Rainha D. Leonor lhes vai permitir melhorar a sua situação financeira, e a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e as pessoas de Lisboa ganham também, porque a partir de agora as pessoas podem ser colocadas noutros locais ao longo do país».

 

Em declarações à Ecclesia, o provedor da SCML, Pedro Santana Lopes, sublinhou que a aproximação entre instituições que «têm muito em comum» é «muito importante» e que «não faz sentido nenhum no tempo de crise que se vive atualmente que duas entidades «irmãs» não trabalharem em conjunto».

 

E, acrescentou: «com este acordo vamos por em conjunto os nossos esforços e tentar encontrar os reforços financeiros para conseguir colocar nas unidades paradas, equipamentos e cuidados para muitas pessoas que precisam de apoio e ajuda».
Para já. A SCML reservou uma fatia de 5 milhões de euros do seu orçamento anual para este projeto, numa parceria válida por cinco anos e com renovação tácita por perí­odos iguais.