A Marcha Popular pelo Clima, marcada para antes da cimeira de chefes de Estado sobre alterações climáticas, nas Nações Unidas, espera um milhão de participantes e defende “atitudes indispensáveis para criar um mundo com uma economia que funcione para as pessoas e para o planeta”, segundo a organização.
Através do site peoplesclimate.org, o movimento, que reúne associações de diversas áreas, pede a participação de todos e a organização de ações em cada país.
No site do evento são já apontadas três iniciativas em Portugal: duas marchas, uma no Porto, outra em Lisboa, cidade que também tem um conjunto de ações a sensibilizar os seus habitantes para as vantagens de alterarem hábitos, andando mais a pé.
As duas cidades portuguesas juntam-se a muitas outras no alerta a todos, principalmente os responsáveis políticos, para a necessidade de travar as emissões de gases com efeito de estufa e as mudanças do clima, com efeitos negativos em vários pontos do planeta.
Londres, Berlim, Nova Deli, Melbourne, S.Paulo, Dublin, Seul, Joanesburgo ou Quénia são exemplos de adesões confirmadas.
Joana Henriques é voluntária na associação Avaaz e está a coordenar a preparação da marcha contra as alterações climáticas em Lisboa.
“Vamos reunir no Rossio [ás 12:00] e tentar conseguir um aspeto colorido, visualmente interessante, para que as pessoas se aproximem, queiram saber mais sobre o assunto e fiquem sensibilizadas”, explicou à agência Lusa, acrescentando que, nas redes sociais, são mais de 100 as pessoas com intenção de participar.
A ideia do grupo de cerca de 30 voluntários é elaborar uma mensagem, tirar uma fotografia do encontro e enviar para Nova Iorque, como é pedido pelo movimento internacional, e redigir uma petição para entregar ao Governo a defender uma maior aposta nas energias alternativas “para que o ambiente fique mais limpo”.
No Porto, o lema da marcha, que vai ter lugar à mesma hora, no Parque da Cidade, é “Porque o ar que temos de respirar é de todos – salvem as árvores – luta contra a poluição!!!”, como refere o site do movimento global.
No site também consta o Movimento Certo 2014, a ter lugar em Lisboa, na praça de Londres e rua Guerra Junqueiro, a 20 e 21 de setembro, embora Carlos Moura-Carvalho, desta iniciativa, tenha dito à Lusa que nada tem a ver com a marcha global contra as alterações climáticas.
“Vamos procurar sensibilizar os lisboetas para as vantagens de alterarem os seus hábitos de transporte, nomeadamente, na ida às compras, para o fazerem no seu bairro, a pé, de transporte público ou de bicicleta, contribuindo assim para a diminuição da poluição do ar e para a melhoria da sua qualidade de vida”, explicou.
O evento, integrado nas iniciativas da Câmara Municipal de Lisboa da semana da mobilidade, que se assinala de 16 a 22 de setembor, abrange atividades muito diversas como mercados biológicos, vendas de garagem, aulas de ginástica e de yoga, jogos tradicionais, música, cinema ou teatro.
No dia 20, está prevista uma “Disco Dance Party”, com os sucessos dos anos 70/80, e as pessoas podem dançar num espaço público onde todos os dias circulam carros.
