Vários hotéis portugueses vão doar colchões, peças de mobiliário, cobertores e atoalhados a instituições de solidariedade social do país. As doações inserem-se numa campanha de solidariedade que dá pelo nome de «1 Colchão, 1 Coração» e que está a ser promovida em parceria com a União das Misericórdias Portuguesas.

Esta ação não é nova, sendo já prática entre alguns hotéis que, de forma esporádica e quando faziam remodelações, doavam algumas das suas peças de mobiliário às instituições que trabalham com quem mais precisa.

Miguel Júdice, o presidente da Associação de Hotelaria de Portugal (AHP) declara “Resolvemos pegar nesse procedimento que já era mais ou menos habitual e transformá-lo num programa que pudesse ser mais divulgado e que pudesse ser potenciado por forma a que a recolha não fosse casuística, mas fosse mais proativa”, esclareceu o dirigente.

Segundo Miguel Júdice, responsável da associação que representa 60% das unidades hoteleiras de todo o país, todos os hotéis portugueses estão com vontade de aderir a esta iniciativa, havendo já 83 colchões e 11 bases de cama prontas para serem entregues a instituições de solidariedade social (IPSS) e que foram recolhidos nos últimos dois meses.

Os dados adiantados pelo presidente apontam para a chegada de 11 colchões de Lisboa e 11 bases de Coimbra, de três colchões doados pelos hotéis da Batalha, de outros 20 vindos de Alvor, 24 da Ericeira, um de Viseu e oito de Évora.

Campanha vai ser alargada a outros bens

«Eu diria que todos os hotéis que são membros da associação estão disponíveis para arrancar, porque é também uma forma de mostrarem a sua responsabilidade social», defendeu Júdice, acrescentando que a atividade hoteleira «não gera apenas impostos para o Estado, mas também outras coisas para o bem comum», pelo que os seus representantes tentam «sempre que possível ajudar as instituições» à sua volta.

O objetivo é conseguir alargar a campanha a outros bens, nomeadamente colchões, atoalhados, mesas-de-cabeceira, pratos e copos, conseguindo o apoio de hotéis de várias regiões nacionais. A recolha vai ser feita pela União das Misericórdias Portuguesas (UMP), que depois identifica as famílias mais carenciadas a quem dar os bens doados.