O programa Mais-Valia, da Fundação Gulbenkian, recebeu 364 candidaturas de médicos, enfermeiros e professores que querem fazer voluntariado em África
A direção do Programa Gulbenkian de Ajuda ao Desenvolvimento revelou que o número de candidatos superou todas as expectativas.
A organização pedia profissionais em situação de reforma ou pré-reforma dispostos a realizarem missões de voluntariado em Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. Muitos candidatos têm mais de 65 anos, ou mesmo mais de 70.
Sobre a idade dos voluntários, Isabel Mota, administradora da Fundação Calouste Gulbenkian, afirmou que «os seniores têm muito para dar em generosidade, mas também em sabedoria, que podem pôr ao serviço dessas populações».
As 364 inscrições vão, agora, ser analisadas pelo júri. As áreas com maior falta de profissionais são a educação, saúde e artes.
As missões terão a duração máxima de dois meses. Trata-se de «uma ação de apoio e utilidade para as pessoas a que se dirige. Não pode, nem deve estar a concorrer para ocupar lugares de jovens que se queiram empregar?, esclareceu Isabel Mota
A colaboração permanente com instituições locais é outro dos pontos fortes do programa. A ideia é encontrar o «par ideal» entre as organizações e os profissionais, que serão incluídos numa bolsa de voluntariado qualificado.
Os primeiros candidatos deverão partir em missão em agosto ou setembro deste ano.