O Fundo de Reestruturação do Setor Solidário (FRSS) vai passar a fazer parte do protocolo de cooperação entre o Governo e o setor social, cuja adenda ao documento celebrado em novembro de 2012 vai ser assinado esta segunda-feira em São Bento, em Lisboa.
A cerimónia de assinatura da adenda ao protocolo de Acordo Social entre o Governo e os três representantes do setor — a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, União das Misericórdias Portuguesas e União das Mutualidades Portuguesa — vai contar com a presença do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, e do ministro Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares.
“Uma das matérias que passará a fazer parte do protocolo entre o Governo, a União das Misericórdias, a Confederação Nacional das Instituições Sociais e a União das Mutualidades é a criação de um Fundo de Reestruturação do Setor Solidário, com 30 milhões de euros, para ajudar as instituições que, do ponto vista da sua sustentabilidade, têm dificuldades”, disse à agência Lusa o ministro Pedro Mota Soares, à margem da meia maratona de Lisboa.
Para o ministro, este fundo é “absolutamente inovador” e vai ser gerido pelas próprias instituições sociais.
A adenda ao protocolo de acordo social compreende também a atualização da compartição financeira do Governo às instituições de solidariedade social, sendo, para 2014, um aumento de um por cento em relação ao ano passado.
Segundo o ministro, a verba da ação social no âmbito dos acordos de cooperação ultrapassa, neste momento, os 1.200 milhões de euros.
“É muito importante para o Governo perceber que, mesmo num tempo de contenção orçamentar, se conseguiu fazer um pequeno aumento de um por cento nas verbas dos acordos de cooperação, mas também é muito importante ter novos instrumentos que ajudem à sustentabilidade das instituições sociais”, sustentou.
Pedro Mota Soares adiantou que o aumento de um por cento nas verbas dos acordos de cooperação demonstra a preocupação do Governo “em continuar permanentemente a estimular e ajudar as instituições sociais, que são essenciais para ajudar as famílias com mas dificuldades e carências”.
“As instituições sociais em Portugal, num tempo de crise, são insubstituíveis do ponto de vista da resposta social”, disse, destacando a capacidade do Governo em “estabelecer uma parceria com estas instituições”.
O ministro afirmou ainda que o Governo tem “a noção que grande parte do trabalho do estado social também acontece através das instituições sociais”, sendo, por isso, “essencial fortalecer estas instituições”.