Setenta e sete anos depois de ser criada, a Fundação Inatel reinventa-se e transforma-se numa marca passível de ser franchisada, ao nível da restauração e da organização de viagens
Alargando as suas fronteiras, incluindo em termos solidários, a Fundação Inatel lançou-se publicamente, no dia 14 de maio, num projeto moderno de franchising social. Fernando Ribeiro Mendes, presidente da Fundação, apresentou as linhas mestras deste também chamado «kit gerador de auto-emprego» ao estilo «chave na mão».
Este projeto, que pretende disponibilizar produtos a preços controlados e integrar, no mercado, desempregados ou pessoas à procura do primeiro emprego, vai franchisar a marca Inatel em duas áreas de negócio específicas – restauração e viagens -, incentivando o investimento e a criação do auto-emprego.
Concretamente, a Fundação Inatel vai lançar espaços (nas zonas de Lisboa e Porto) de restauração franchisados com a sua marca e com manuais de procedimentos, formação profissional e preços estabelecidos pela Fundação e entregues a terceiros (franchisados) que serão os responsáveis pela exploração e concretização do negócio.
Para que tudo corra pelo melhor, será a fundação a disponibilizar ajudas logísticas aos desempregados que forem escolhidos para os projetos e a procurar parcerias com entidades estatais ou outras que permitam a obtenção de condições para o apoio ao empreendedorismo e à criação do próprio emprego.
Na outra área de negócio, a das viagens, a Inatel pretende franchisar a atividade de organização e comercialização de passeios turísticos. Os aderentes terão de comercializar obrigatoriamente, produtos da Fundação, mas não de forma exclusiva.
Para desenvolver o «Franchising social», foram assinados protocolos de colaboração com o Instituto do Emprego e da Formação Profissional, a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, o Banco Espírito Santo, o Montepio Geral e a Sociedade Histórica da Independência de Portugal.