Os números foram revelados por Sérgio Figueiredo, administrador delegado da Fundação, a 16 de Março, numa conferência no Museu da Eletricidade. Na sessão foi apresentado o relatório de atividades e as contas de 2011, bem como os principais projetos para este ano
Durante o ano passado, as ações da Fundação contactaram 1 milhão e 900 mil pessoas, segundo as contas do responsável pela gestão da Entidade.
Do orçamento de 14,5 milhões de euros, 1.07 milhões foram para projetos de voluntariado, as exposições beneficiaram de igual valor, o apoio a ópera e bailado recebeu 733 mil euros, o programa de ação social das barragens 328 mil euros e o programa EDP Solidária 650 mil.
Este ano, o orçamento da Fundação EDP aumenta quase 55%, sendo 40% do valor proveniente de receitas próprias.
De acordo com Sérgio Figueiredo, «a Fundação EDP não é um distribuidor passivo de cheques para que terceiros possam fazer o seu trabalho. O que a Fundação faz é participar num processo de transformação de comportamentos coletivos».
A propósito das polémicas intervenções artísticas feitas em diversas barragens, o administrador da Fundação afirma que «não se pode reduzir a intervenção da EDP a paredes amarelas», salientando que os projetos desta entidade abrangem também a inovação social.
Com uma «ambição global», a atividade da Fundação EDP já saiu do território nacional. Em 2012, algumas localidades de Angola e da Venezuela vão ser equipadas com fornos solares, iluminação pública e lanternas para que as crianças possam estudar à noite.
Trata-se de uma réplica do que já acontece, por exemplo, no campo de refugiados de Kakuma.
Estas iniciativas pretendem beneficiar cerca de 1500 famílias, num total de mais de 8 mil pessoas.
Em Portugal, o apoio da Fundação EDP vai continuar a contribuir para o fortalecimento do Terceiro Sector. A Orquestra Geração e as hortas solidárias são projetos que se mantêm e que pretendem intervir junto de um número cada vez maior de cidadãos.
Lançam-se também novas apostas, tais como um «parque fotovoltaico solidário», que dará descontos na fatura elétrica a diversas IPSS, uma iniciativa cujo sucesso depende da adesão dos clientes da EDP.
«Isto só tem a ambição e dimensão que os portugueses pretendam que tenha», afirmou Sérgio Figueiredo, tendo em conta que «a EDP irá colocar dois euros por cada euro doado pelos portugueses para a instalação da central solar».
O administrador delegado da Fundação revelou ainda que se espera que, no primeiro ano, esta central solar possa apoiar diversas instituições e cerca de 10 mil beneficiários.