De acordo com a representante da Fundação, ali poderão ser feitas «avaliações (de cancros) tão precoces quanto a ciência permite» e também «avaliações da propensão de cada pessoa para o cancro», o que inclui a análise dos hábitos de vida, o historial clínico e familiar, exames genéticos, imagiologia e hematologia, entre outros
Um dos objectivos primários da Fundação é, neste momento, a prestação de cuidados clínicos personalizados na área do cancro, não só no que se refere à avaliação, mas também no que diz respeito ao tratamento. «Isso representa uma mudança de paradigma e nós queremos ser uma das instituições envolvidas neste esforço a nível mundial», garantiu Leonor Beleza.
Quanto ao recém-nomeado director do serviço de anatomia patológica do Centro de investigação do Cancro, cujo nome também foi anunciado por Leonor Beleza na passada segunda-feira, «é uma das pessoas que introduziram na área da patologia esta nova visão da avaliação individualizada». Trata-se do espanhol Carlos Cordon-Cardo, perito de renome mundial em patologia experimental e oncologia molecular, que vem do Hospital Mount Sinai, em Nova Iorque.
No que se refere ao nome do director da investigação básica em cancro, que virá juntar-se ao director da investigação clínica, Carlo Greco, e ao director clínico, António Parreira, ainda é desconhecido e só deverá ser nomeado em 2012. Leonor Beleza justifica: «Não queremos fazer contratações individuais que não tenham uma lógica interna muito grande de compatibilização».
De acordo com dados da fundação, são já cerca de 200 os doentes com cancro a serem acompanhados actualmente, mas nenhum deles reencaminhado pelo Serviço Nacional de Saúde. Porém, Leonor Beleza revelou que já existem acordos com a ADSE e com os serviços de assistência das Forças Armadas.