A agência das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCAH na sigla em inglês) advertiu este fim de semana que a taxa de subnutrição está a aumentar de forma perigosa na capital da Somália, Mogadíscio, e que as organizações humanitárias enfrentam grandes dificuldades para responder às necessidades por falta de fundos, por causa da seca e dos conflitos no país.

Os responsáveis da OCAH calculam que o problema afeta perto de 350 mil pessoas e temem que a situação ganhe dimensões semelhantes às de 2011, em que morreram cerca de 260 mil pessoas por falta de alimentação. «A comunidade humanitária está a mobilizar recursos para fazer frente ao problema, mas a redução do financiamento tem minado a capacidade de resposta», refere a organização em comunicado.

As Nações Unidas destinaram 15,6 milhões de euros em ajuda humanitária para a Somália, sobretudo para dar resposta imediata ao surto de sarampo que alastrou no país. Porém, a organização está ainda muito longe de conseguir reunir os 695 milhões de euros necessários para os projetos humanitários de 2014, que contemplam a entrega de alimentos, ajuda médica e melhoria do sistema educativo.