Há quem se pergunte o que fazem as instituições de solidariedade social com o dinheiro que os contribuintes lhe consignam, em sede de IRS. A Fundação Montepio deu resposta a essa inquietação, num encontro realizado no seu espaço atmosfera m, no Porto, onde se juntaram 100 convidados, incluindo representantes de 21 instituições sociais e dirigentes do terceiro setor.
De acordo com a “Visão Solidária”, no total, a Fundação Montepio recebeu, no ano passado, 366 mil euros ao abrigo da Lei da Liberdade Religiosa (Consignação Fiscal) e decidiu devolver o dinheiro entregue pelo Ministério das Finanças à sociedade civil.
Escolheu fazê-lo, aplicando o montante (e mais 121 mil euros) no projeto Frota Solidária, que consiste na aquisição de veículos automóveis especiais e adaptados para 21 IPSS, de Guarda, Sines, Leiria, Beja, Açores, Madeira, etc.
A Frota Solidária nasceu em 2008 e já teve sete edições, nas quais foram investidos três milhões de euros e compradas 124 viaturas. Só no último ano houve 434 instituições que se candidataram ao “prémio”. O valor aplicado na aquisição e adaptação das 21 viaturas atingiu os 487 mil euros (366 mil do IRS + 121 mil do Montepio).
A empresa Auto Ribeiro, Lda, parceira da edição 2013/14, juntou-se à iniciativa contribuindo com 10 cadeiras de rodas e três cadeiras para transportes de crianças. Além disso, a Lusitânia – Companhia de Seguros do Grupo Montepio ofereceu a primeira anuidade de 21 seguros para automóvel.