No dia 19 de junho, colaboradores da IKEA Alfragide juntaram-se para remodelar, na íntegra, uma casa na Aldeia de Crianças SOS de Bicesse, no concelho de Cascais
A iniciativa integra-se na concretização da primeira fase do projeto de responsabilidade social da nossa loja de Alfragide e enquadra-se na política de sustentabilidade da IKEA Portugal.
A recolha de fundos aconteceu no mês de março, através de uma campanha em que a totalidade do valor das sobremesas e do menu infantil Tesourinhos reverteu a favor do projeto e em que foram angariados cerca de 3.500 euros. Daqui nascerá um melhor dia-a-dia para sete crianças e um adulto, a mãe-responsável da casa.
O apoio da IKEA às Aldeias de Crianças SOS consiste numa parceria de três anos, sendo esta a fase inicial.
«Sabemos como as crianças são as pessoas mais importantes do mundo! Conhecemos as carências pelas quais muitas crianças passam e o trabalho fantástico que as Aldeias de Crianças SOS fazem, em todo o país. Neste sentido, na IKEA queremos continuar a ajudar este projetos locais, de cariz social, tão importantes para as nossas crianças, contribuindo assim para criar um melhor-dia-a-dia na vida das pessoas «, afirma o diretor da IKEA Alfragide, Yves-Michel Adelise.
«Num ano que é difícil para muitas famílias portuguesas, na Aldeia de Crianças SOS alegramo-nos por contar com amigos como a IKEA, que nos ajudam a manter o nosso compromisso, ou seja, permitir a crianças e jovens a possibilidade de crescerem numa família que as protege e as acompanha ao longo do desenvolvimento, na infância e na juventude. Podemos assim dar amor e lar a várias crianças», sublinha Joana Horta e Costa, diretora de marketing das Aldeias de Crianças SOS.
João Rocha, o responsável de logística da loja de Alfragide, que fez parte da equipa que remodelou esta casa, descreveu a sua participação no projeto. Aqui fica o seu testemunho:
Foi um dos dias mais gratificantes da minha vida; vi que podemos fazer tanto com tão pouco.
Foi um dia cansativo em que tínhamos poucas horas para mudar uma sala e quatro quartos.
Todos nós, voluntários, fomos em direção à Aldeia de Crianças SOS com um coração carregado de alegria e com a consciência de que teríamos um dia com muito trabalho pela frente.
Durante toda a remodelação, foi incrível presenciar o espírito e o trabalho do grupo (de todos os departamentos da loja). Com ou sem experiência, o que queríamos era terminar a nossa missão.
Lá fora, as crianças não paravam de «rondar» a casa. A ansiedade refletia-se nas suas palavras que nos questionavam, de hora a hora, se faltava muito.
Até que abrimos a casa e?Foi lindo! Não há palavras suficientes para descrever a alegria e gratidão refletida na cara daquelas crianças tão frágeis, mas maduras devido às suas vidas. A cara da mãe espantada com a sala, a alegria das crianças, como se o Pai Natal tivesse chegado mais cedo. Estavam incrédulas. Todos queriam ver os seus quartos.
Visitámos quarto a quarto até que chegámos ao último: o quarto das meninas, três irmãs. Só duas irmãs, de 6 e 7 anos, estavam presentes, pois a mais velha estava fora. Quando abrimos as portas, ficaram deslumbradas com aquele mundo de princesas! De repente, uma ficou perplexa e interrompeu toda aquela alegria com uma pergunta: «Onde está a cama da Mariana, a nossa irmã?» O nosso coração parou! Até que alguém disse que era um beliche que estava por cima da secretária. As três tinham cama! Então, aperceberam-se da terceira cama e continuaram deslumbradas.
É uma lição de vida o sentido de família destas crianças e como nos ensinam que os bens materiais passam para segundo plano. Recebemos uns mil obrigados, mas sobretudo milhares de sorrisos, olhares e beijos.
O que posso dizer é que, a certa altura, olhei para vários colegas e todos nós tinhamos o brilho da emoção refletido nos olhos. Ninguém falava, apenas lutava internamente para manter a postura e o sorriso. Era a nossa missão.
O dia culminou com a hora da despedida, já passava das 20 horas, e as crianças fizeram questão de, simbolicamente, abrir-nos o portão como jeito de agradecimento e como forma de dizer adeus? Mais uma vez a emoção voltou. De certeza que estes meninos ficaram felizes e a IKEA ficou nos seus corações.
Mais tarde, ainda em êxtase, mas cansado, ia a caminho de casa ao volante do meu carro quando no meu pensamento surgiam as imagens do dia, daquela equipa, aquelas crianças e, ao mesmo tempo, senti que o brilho dos meus olhos escorria cara abaixo devido a tanta felicidade. Sei que fui à Aldeia de crianças SOS para dar, mas na verdade, recebi muito mais do que ofereci.
A certa altura, dei por mim orgulhoso a dizer: «Obrigado, IKEA, por permitires que faça parte destas ações e obrigado Aldeias SOS pela lição de vida e pelas emoções que senti? Não têm preço!»