O secretário-geral da Cáritas Europa, Jorge Nuno, exigiu à União Europeia (UE) a adoção de medidas urgentes que ajudem a acabar com a fome no mundo antes de 2025, durante a apresentação de um relatório com diversas recomendações para a mudança das políticas cormerciais e agrárias.
Entre as várias propostas, é sugerida a inclusão da alimentação como um direito básico no próximo Tratado da UE, a atribuição de 10 por cento da ajuda ao desenvolvimento ao setor da agricultura ecológica e a proibição da utilização de fundos comunitários em atividades que contribuam para a degradação do meio ambiente.
É ainda pedida a implementação de medidas contra a especulação do preço dos alimentos nos mercados europeus de matérias primas e aconselhado um reforço no apoio dos Estados membros aos países onde existe desnutrição.
De acordo com a Cáritas, mais de 800 milhões de pessoas em todo o mundo passam fome e cerca de três milhões de crianças morrem todos os anos devido à desnutrição infantil. Isto apesar dos alimentos produzidos a nível mundial serem suficientes para os alimentar a todos.