Esta iniciativa busca estimular os investigadores a desenvolverem instrumentos mais baratos para diagnosticar doenças que atingem os países subdesenvolvidos, como a malária, a tuberculose, a SIDA e vários males de origem tropical.

Peter Singer, director da ONG Grandes Desafios, refere que «um diagnóstico rápido só de malária poderia evitar 100 mil mortes ao ano».

Para este projecto, foram estabelecidas cinco metas: recolher a amostra de sangue ou de outro material biológico, preparar essa mesma amostra para análise, identificar eventuais doenças, transmitir dados e receber os resultos e garantir o funcionamento do aparelho em zonas sem electricidade ou sem qualquer tipo de refrigeração.

Além disso, os investigadores devem pensar em criar um aparelho barato e de fácil acesso. «O nosso objetivo é ter diagnósticos que custem menos de um dólar, com o preço do aparelho incluído», acrescentou Singer.

A Bigtec Labs de Bangladore, na índia, uma das entidades beneficiárias, já desenvolveu um aparelho de análises portátil chamado «mini-PCR», capaz de identificar a malária a partir de amostras de ADN.

Outros projectos vão desde pedaços de pano de seda utilizados para a detecção barata de doenças no sangue ou na urina a cotonetes para exames de diarreia, causa importante de mortalidade infantil nos países tropicais.