Isabel Jonet teme que a situação se agrave ainda mais, tendo em conta a crise económica que atravessamos
«Há mais pedidos, o que penso é que não há mais capacidade de apoio «, explicou Isabel Jonet à TSF, acrescentando que os bancos alimentares, neste momento, não estão a conseguir admitir mais instituições ou famílias.
Adiantou ainda que esta situação se vê «sobretudo através do canal das Instituições de Solidariedade Social, que já não podem ajudar mais nenhuma família, porque não têm recursos humanos, físicos e financeiros». A presidente do Banco Alimentar acredita na solidariedade dos Portugueses, mas teme que se esteja a «atingir o limite daquilo que é possível de apoio».
Portugal vai deixar de receber o Programa Comunitário de Ajuda Alimentar já em 2014. Tendo em conta essa privação, Isabel Jonet receia o agravamento da situação actual. «Estamos numa situação de crise económica e social e portanto estes programas garantem a almofada de sobrevivência de muitas pessoas que não têm emprego e outro tipo de rendimentos», sublinhou.
Face a este problema, a responsável propõe que o país dê início ao seu próprio programa alimentar, tal como já acontece noutros países europeus. «A Comissão Europeia nesta matéria era apenas subsidiária e compete a cada país ter programas de emergência e que esses programas não podem ser apenas confiados às instituições», insistiu.
Relembre-se que a próxima campanha de recolha de alimentos terá lugar nos dias 26 e 27 de maio de 2012 nos supermercados de norte a sul do país.