O Banco de Medicamentos, criado há seis meses, já distribuiu 78.077 embalagens de fármacos a instituições de solidariedade social, oferecidas por empresas farmacêuticas, no valor de 850 mil euros
Os dados avançados à agência Lusa referem que 29 empresas farmacêuticas já aderiram ao Banco de Medicamentos e que estão certificadas cerca de 70 instituições, para receber os fármacos e os distribuir por idosos carenciados.
Após seis meses de funcionamento, o Ministério da Solidariedade e Segurança Social fez um balanço «francamente positivo» da iniciativa, que continua a desenvolver-se em “colaboração estreita” com as instituições de solidariedade social, a indústria farmacêutica e a autoridade nacional do medicamento (Infarmed).
Também o presidente da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), Manuel Lemos, fez um «balanço muito positivo» desta medida que faz parte do Programa de Emergência Social (PES).
«Estamos numa altura em que a racionalização faz todo o sentido, é mesmo um imperativo. E a circunstância de podermos dispor deste recurso tem ajudado as instituições e as pessoas» carenciadas, disse à agência Lusa Manuel Lemos.
Manuel Lemos observou que «há muitos idosos que se não fosse esta ajuda não teriam acesso aos medicamentos».
O Banco de Medicamento foi criado a 09 de novembro de 2012, através de um protocolo assinado entre o Ministério da Solidariedade e Segurança Social, o Infarmed, a Apifarma e a União das Misericórdias.
Esta plataforma permite que os idosos carenciados tenham acesso a medicamentos gratuitos, através das doações feitas diretamente pelas empresas farmacêuticas às instituições sociais que disponham de serviços médicos e farmacêuticos.
Em causa estão medicamentos e produtos de saúde com prazo de validade não inferior a seis meses, mas que estão em perfeitas condições de segurança e qualidade para serem utilizados pelos utentes das instituições que mais precisam.
Depois, as instituições selecionadas pela União das Misericórdias Portuguesas, e inscritas naquela plataforma, passarão a poder contar com essas doações para os seus utentes, cabendo à Misericórdias certificarem as instituições que irão beneficiar deste projeto.