É a primeira campanha do ano de recolha de alimentos. Realiza-se em dois mil super e hipermercados, em todo o país e ilhas, com a ajuda de 42 mil voluntários
O Banco Alimentar Contra a Fome (BACF) realiza no fim de semana a primeira campanha do ano.
Além da chamada Campanha Saco, que este ano vai distribuir sacos em papel reciclável, há outras formas de ajudar: a Campanha Ajuda Vale, em que os vales, que representam um produto, estão disponíveis nos supermercados e nos postos de abastecimento aderentes, e, ainda, o portal de doação online, que se destina, nomeadamente, aos emigrantes e às pessoas que residem fora do país.
Esta ajuda é considerada por Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, como «uma ajuda assistencialista que, ao ser assistencialista, permite levar a uma inclusão social e, por vezes, a uma integração profissional».
Um estudo recente promovido pelo BACF e pela Entreajuda revela que uma em cada três pessoas que recorreram às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) no último ano dizem ter passado fome por falta de dinheiro. Uma situação muito preocupante, sublinha Isabel Jonet, tanto mais que muitas destas pessoas «são pessoas idosas que vivem sozinhas e que não têm sequer capacidade para comprar a sua alimentação».
O estudo revela ainda que «53% dos inquiridos vive com menos de 400 euros por mês e destes, 25% com menos de 250 euros por mês». Por isso, é importante que muitos contribuam para esta causa. «Não é preciso darem muito, mas é preciso muitas pessoas darem um pouco», diz Isabel Jonet.
A responsável do BACF diz que os portugueses continuam a ser generosos. Apesar da crise, não deixam de contribuir.
A campanha do fim de semana realiza-se em dois mil super e hipermercados, em todo o país e ilhas, com a ajuda de 42 mil voluntários.
Os alimentos angariados destinam-se a 2.665 instituições de solidariedade social que os distribuem a 410 mil pessoas carenciadas.