Associação apoia Famí­lias com crianças doentes a cargo

Voluntariado17 Julho, 2014

Vinte voluntárias da associação CrescerBem prestam apoio domiciliário a famí­lias carenciadas com crianças em tratamento hospitalar

Associação apoia Famí­lias com crianças doentes a cargo
A Associação de Apoio no Domicí­lio ao Recém-Nascido foi fundada há três anos no Hospital D. Estefânia, mas já estendeu o seu trabalho aos hospitais Santa Maria e São Francisco Xavier.

 

“Nos primeiros dois anos abrangemos mil famí­lias que circulam pelos hospitais”, disse à agência Lusa a presidente da associação, Isabel Santos.

 

Além da ajuda prestada nos hospitais, a associação acompanha estas famí­lias em casa. Semanalmente, dão-lhes alimentos, produtos de higiene, calçado e roupa, mas também prestam outro tipo apoio.

 

“São famí­lias sem uma estrutura familiar que as suporte, muitas vêm dos PALOP com uma criança doente pela mão, outras são mães solteiras ou adolescentes e muitas imigrantes sozinhas”, precisando de muito apoio, disse Isabel Santos.

 

Sobre o tipo de apoio prestado às famí­lias sinalizadas pelos serviços sociais dos hospitais, a responsável deu como exemplo: “Quando as mães são adolescentes, ajudamo-las a ser mães”.

 

A associação também “trata de todos os papéis necessários para a famí­lia poder receber as prestações sociais do Estado” e, no caso de serem imigrantes, trata da sua legalização no país e apoia a sua inserção no mercado de trabalho.

 

Em 2013, a associação ajudou 33 crianças em regime de visita domiciliária, fez cerca de 900 visitas a casa destas famí­lias, entregou alimentos a 300 famí­lias e distribuiu 50 lanches no serviço de prematuros do Hospital de Santa Maria.

 

Segundo a associação, 89% das famí­lias acompanhadas em regime de ambulatório não têm recursos financeiros suficientes. Das famí­lias apoiadas no domicí­lio, 61% das mães estão desempregadas e apenas metade dos pais está empregado. A nacionalidade é maioritariamente portuguesa (46%), cabo-verdiana (17%) e angolana (17%).