A Assistência Médica Internacional (AMI) apoiou o ano passado mais de 1.600 pessoas sem-abrigo, tendo registado nos últimos quatro anos um aumento de cerca de 16% nas pessoas ajudadas
A Assistência Médica Internacional (AMI) apoiou o ano passado mais de 1.600 pessoas sem-abrigo, tendo registado nos últimos quatro anos um aumento de cerca de 16% nas pessoas ajudadas.
Em comunicado, a AMI dá conta que em 2012 apoiou 1.683 pessoas sem-abrigo através dos seus serviços sociais, depois de em 2008 ter ajudado 1.445, o que significa um aumento de 16,5% no decorrer destes quatro anos.
«O perfil da população sem-abrigo tem-se mantido constante. A maioria é constituída por portugueses (80%), de género masculino (79%) e com idades compreendidas entre os 30 e 60 anos (72%). As habilitações literárias são baixas, geralmente possuem 1º ou 2º ciclo de escolaridade (58%), sem formação profissional (69%)», adianta a AMI.
Por outro lado, em relação aos recursos a que estas pessoas conseguem aceder, a AMI dá conta de que os mais comuns são o Rendimento Social de Inserção (23%), os apoios ou subsídios institucionais e as pensões de reforma (14%).
«Sublinhe-se que uma grande parte da população sem-abrigo não possui qualquer recurso (26%). Em termos de recursos informais, destaque para o apoio de amigos ou familiares (39%) e mendicidade (17%)», salienta a organização.
Em relação aos locais onde as pessoas sem-abrigo habitualmente pernoitam, a AMI destaca que a maioria (23%) fica na rua (escadas, prédios, carros abandonados, estações ou contentores), havendo depois 22% que dorme em quartos ou pensões, 13% que fica em abrigos temporários ou de emergência e ainda 33% noutras situações não especificadas.