O objectivo é diminuir o impacto dos incêndios na alimentação dos animais
Em entrevista à Lusa, Bernardo Albino, presidente da Associação Nacional de Produtores de Cereais, Oleaginosas e Proteaginosas (ANPOC), disse que «no espaço de uma ou duas semanas» pretendem «reunir cerca de 120 toneladas de palha».
De acordo com o responsável, os fardos de palha serão agrupados em diversas entidades associadas da ANPOC, no Ribatejo e no Oeste, no Alto Alentejo e no Baixo Alentejo, para serem posteriormente transportadas de camião para o porto e seguir para a ilha da Madeira.
«Já temos instalações para a recolha de fardos de palha na Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Novo, não só em Montemor-o-Novo, mas também em Évora, na Cooperativa Agrícola de Beja e Brinches, no Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul, em Santa Eulália, Elvas, bem como num espaço a definir pela Associação de Agricultores de Portalegre», garantiu.
«Se tivermos muitos agricultores a aderirem à iniciativa, as 120 toneladas de palha que são necessárias na Madeira representam um esforço reduzido para cada um de nós, não obstante termos tido um dos piores anos de produção de palha», acrescentou.
Quanto aos custos de transporte da palha doada pelos agricultores desde as zonas de recolha até ao porto de Setúbal, serão assegurados pelo Estado português, ao passo que a distribuição aos agricultores madeirenses deverá ficar a cargo do Governo da Região Autónoma da Madeira.