A Rede Europeia Anti-Pobreza acaba de lançar uma nova campanha internacional, na qual defende uma estratégia mais «eficaz no combate à pobreza, exclusão social, desigualdade e discriminação» pela parte da União Europeia. A campanha é acompanhada de um manifesto onde se sublinha que a pobreza pode ser erradicada na UE e a nível mundial.
Denominada «Eleger defensores de uma Europa Social», esta campanha é protagonizada pela EAPN e os seus membros, que integram 29 redes nacionais e 18 organizações europeias, representativas de centenas de organizações no terreno a trabalhar com milhares de cidadãos europeus.
Entre as propostas que constam da campanha, que é acompanhada de um manifesto publicado no site da EAPN Portugal, constam ideias como «um pacto social para uma Europa Social», «uma estratégia da EU eficaz no combate à pobreza, exclusão social, desigualdade e discriminação» e «fortalecer a democracia e a participação da sociedade civil».
Os mentores da campanha da EAPN defendem que sejam estabelecidos «objetivos sociais ambiciosos» para a União Europeia, os quais assegurem que «as políticas económicas contribuem para o seu sucesso e que os direitos sociais não estão sujeitos à irracionalidade das liberdades do mercado».
Além disso, apelam também à salvaguarda do sistema de proteção social, independentemente das alterações demográficas, bem como ao fim daquilo que consideram ser «políticas de austeridade falhadas», através de uma abordagem baseada na solidariedade entre todos os Estados Membros.
â??Dar prioridade à redução da desigualdade e da pobreza através da equidade financeira e do fim dos paraísos fiscais», é outro objetivo defendido no manifesto da EAPN.
A EAPN defende ainda a criação de «uma estratégia da UE eficaz no combate à pobreza, exclusão social, desigualdade e discriminação», capaz de assegurar o acesso de todos os cidadãos à educação, à saúde, habitação, proteção social adequada e rendimento adequado, como alicerces para uma proteção social eficaz.
Esta estratégia deverá apoiar também «o acesso a trabalho de qualidade para todos os que podem trabalhar e uma vida digna para os que não podem».