300 km a pé para sensibilizar contribuintes

Angariação de Fundos11 Março, 2013

O cidadão Paulo Alves iniciou uma caminhada solidária que visa sensibilizar os contribuintes para a importância de doarem uma parte do IRS a instituições de solidariedade social

300 km a pé para sensibilizar contribuintes

O cidadão Paulo Alves iniciou hoje, a 11 de março, em Braga, uma caminhada solidária até Lisboa, que visa sensibilizar os contribuintes para a «importância acrescida» de, em tempos de crise, doarem uma parte do IRS a instituições de solidariedade social.

«Não custa nada, basta apenas colocar a respectiva cruzinha no Anexo H e escrever o número de contribuinte da IPSS a quem se destina a doação, e está feito. Este pequeno gesto, multiplicado, pode ajudar muitas instituições que vivem financeiramente sufocadas pela crise», declara Paulo Alves.

Por lei, o contribuinte pode consignar 0,5% do IRS, liquidado pelo Estado, a uma IPSS. Segundo Paulo Alves, no ano passado foram 233 mil os contribuintes que consignaram aquela percentagem do IRS, o que perfez um total de 7,14 milhões de euros que foram parar aos cofres de IPSS.

«No entanto, foram entregues 4,9 milhões de declarações, o que significa que foi muita baixa a percentagem de pessoas que optou pela consignação», sublinhou. Para sensibilizar para a importância de uma maior consignação, Paulo Alves, 41 anos, começou em Braga uma caminhada solidária, que durará 16 dias, para terminar em Lisboa, numa extensão de cerca de 300 quilómetros.

Garante que não leva nenhum dinheiro no bolso mas está seguro de que contará com a solidariedade da população para alimentação e alojamento. Às costas, carrega uma mochila com um saco-cama e alguns artigos de higiene pessoal.

«A minha intenção é que haja ‘algum ruído mediático’ à volta desta viagem, porque isso ajudará a fazer passar a mensagem sobre a consignação do IRS», admitiu. No ano passado foram 900 as IPSS que se candidataram àquela consignação, um número que agora duplicou. “As dificuldades aumentaram substancialmente, e, neste caso, ajudar não custa mesmo nada. Basta um gesto”, rematou.