A procura por lojas sociais surge associada à crise e, em Lisboa, já existem mais de 20 espaços deste género. Saiba onde podem doar ou receber
A procura das lojas sociais «é um fenómeno que surge, talvez, associado à crise ou toma visibilidade associada à crise», disse à agência Lusa o vereador dos Direitos Sociais na Câmara de Lisboa, João Afonso.
«As pessoas começam a ter consciência de que aquilo de que já não precisam pode ter utilidade para outras pessoas, mas também há muitas pessoas que começam a pensar que talvez não valha a pena comprar, talvez seja melhor trocar e ir buscar bens que ainda estão em bom estado», admitiu o autarca.
A funcionar há quatro anos, a Loja Comunitária do Bairro da Boavista, na freguesia de Benfica, «já ajudou mais de 200 famílias» e a tendência é a de que o número cresça, disse a responsável pelo espaço e presidente da Associação de Moradores e Amigos do Bairro da Boavista, Gilda Caldeira.
Na freguesia de Belém, desde 2008 que a loja social «Não Custa Nada» faz «a ligação entre as pessoas que querem dar um bem e quem precisa de receber», essencialmente na área do vestuário, mas também quando surgem pessoas que querem doar eletrodomésticos ou móveis de que já não precisam, explicou o responsável pelo pelouro de Ação Social da Junta de Freguesia de Belém, João Carvalhosa.
Através da plataforma online de lojas sociais da Câmara de Lisboa, as pessoas interessadas na partilha de produtos e serviços têm a informação sobre onde podem doar ou receber.