A C&A escolheu uma causa, a vaga de refugiados que avança pela Europa, e um número redondo, 1 milhão de euros. O fundo foi destinado aos países que têm em curso programas de apoio e ao acolhimento destas pessoas, mais concretamente às organizações que fazem esse trabalho, no terreno. O Centro Português de Refugiados (CPR) foi a entidade escolhida em Portugal.
O objetivo da Fundação C&A é apoiar as entidades europeias capazes de prestar uma assistência mais rápida e simples. Com este donativo, o Centro Português de Refugiados montou um programa de 2 anos e garante que vai poder «melhorar o sistema de acolhimento de integração em contexto de emergência, através da promoção de um acolhimento descentralizado de refugiados recolocados em Portugal».
Um primeiro passo, anuncia o CPR, foi a abertura de um concurso para um técnico de projeto. Um lugar que teve mais de 300 candidaturas.
O fundo criado pela C&A destinou a maior fatia de apoios aos países europeus que enfrentam maiores pressões para acolher os refugiados vindos da Síria, da Líbia, da Eritreia ou do Iraque. Por questões geográficas ou económicas, a maioria dos migrantes continua a chegar à Turquia, Itália, Alemanha ou Grécia.
Em comunicado, Leslie Jonston, da Fundação C&A, justifica, «a Europa vive uma emergência humanitária de dimensões tremendas — e acontece aqui mesmo, onde vivemos e trabalhamos. Queremos fazer mais para ajudar essas pessoas vulneráveis a entrarem nas nossas comunidades. Dar-lhes condições para se reerguerem e para recuperarem a dignidade».